quarta-feira, 25 de outubro de 2017

                            ESALQ/USP

Com 17 anos juntou sua trouxa e partiu para Piracicaba- SP, onde fica a Esalq, uma das melhores escolas de agronomia do mundo.  Marcio, amigo de infância, foi com ele. Eles se alojaram na pensão da Dona Ana. Faltavam 90 dias para o vestibular. Como se dizia na gíria estudantil Luiz era um verdadeiro CDF. Estudava dia e noite na pensão e frequentou um curso intensivo pré-vestibulando.
Falava toda noite debruçado sobre a mesa de estudo, com os mesmos amiguinhos da infância, que doravante Luiz passou a chamar de amigos da terra. Pediu a eles dicas de como se proceder para passar no vestibular. Os seus amigos pareciam dar palavras de incentivos. Assim ele ficava autoconfiante, mais seguro de si, espantava o sono, estudava mais e pressentia dicas do que cairiam nas provas.
Chegou o vestibular e passou entre os cinco primeiros colocados.
Foi ao cabelereiro e pediu que raspasse o cabelo com a máquina número zero. Saiu de lá careca e foi se matricular.
Após a matrícula, quando se preparava para ir para casa, encontrou o professor do cursinho que propôs:
- Luiz, você foi brilhante. Praticamente em 90 dias de aulas foi o único que passou entre os primeiros colocados.
- Obrigado professor, foram suas aulas que me ajudaram muito, respondeu o futuro engenheiro agrônomo.
- Luiz, o cursinho quer fazer-lhe uma proposta: Você quer ser monitor de aulas no cursinho?
Luiz aceitou na hora. Precisava de um carro para poder ir à faculdade e trabalhar nas horas de folga para se manter na Dona Ana ou em república de estudante. Além disso, tinha que custear os estudos. Ligou para o seu pai e disse que conseguiu trabalho para se sustentar e que não precisava mais mandar dinheiro. O seu pai disse que daria um fusca usado se conseguisse se manter e se sustentar e o carro também.
O pai arrumou um Fusca ano 1.968- seminovo. Foi o seu primeiro e o mais adorável carro que já teve em toda a sua vida.
O fato mais importante é que ganhou dinheiro trabalhando. Vendeu o conhecimento adquirido. Estava demonstrado que Luiz estava predestinado a ganhar a vida trabalhando.
Com o fusca, ele ia às aulas e arrumou outros “bicos", e assim consegui-se sustentar. Na realidade ainda o dinheiro não era suficiente. Tudo era caro. Os livros nem pensar em comprar. Na falta de condições, Luiz não se apertava. Era o maior frequentador da biblioteca.
A lida era dura. Sempre conversava com os seus amigos da terra e foi numa dessas conversas que eles lhe fizeram entender.
- Você cresceu. Você já é um adulto e futuro doutor da terra. Você precisa do maior amigo do mundo. Você precisa de Jesus. Então ele resolveu procurar o maior Guia Espiritual: JESUS.


domingo, 22 de outubro de 2017

Na postagem anterior muitas pessoas me perguntaram porque preferi paz e prosperidade ao invés de riqueza, “grana”. O dinheiro é vendaval como na composição de Paulinho da viola. Dinheiro eu gosto e quem não gosta? Entretanto, na atual conjuntura brasileira, muitos que arrecadaram milhões ou bilhões de reais, via corrupção, ou estão presos ou estão com medo de ir para prisão.


 Capítulo I
            INFÂNCIA

A primeira vez que Luiz teve visão de entidade que parecia querer-lhe transmitir uma mensagem aconteceu quando ele tinha um pouco menos de 8 (oito) anos de idade. O Sr. Francisco ou compadre do pai de Luiz era baiano, morador do sitio da família em um lugar chamado bairro da Alegria. O seu pai batizava todos os filhos do Sr. Francisco e assim ficou sendo compadre do seu pai e também compadre de todos do sítio.
         O compadre preparava o cavalo do menino Luiz e ele ia para o arrendamento onde a família plantava batatinha. O pai e os ajudantes iam de trator e o menino a cavalo. Cortava o caminho passando por meio de uma mata e atravessava o córrego, afluente de um rio da região.
         Certa vez o cavalo se assustou com alguma coisa. Pulou e derrubou o menino no chão. Saiu correndo em disparada. O trator com o pai e os camaradas – nome que se dava aos ajudantes do sitio, já devia estar no arrendamento. O menino estava estatelado no chão.
         Ele não chorou. Ficou muito apavorado. Horas se passaram, foi se acalmando até que se debruçou e viu um buraquinho onde uma abelha entrava e saia retirando um grão de terra. Ficou olhando o trabalho daquele inseto.
Começou a conversar com a face encostada no chão. Ouviu vozes que diziam para se acalmar.
- Quem são vocês? Indagou Luiz.
- Somos seus amigos da terra. Nós moramos aqui há séculos.
- O que é século? Perguntou.
- Desculpe meu amiguinho. São anos que se passaram. Estamos aqui há muito tempo, bem antes de você nascer. Você pode nos chamar simplesmente de amiguinhos. Sempre que precisar encoste o seu rosto, no travesseiro da sua cama e converse conosco. Somos a resposta para os seus problemas, para as suas aflições e para suas dúvidas.
O menino acordou na sua cama. O “camarada” de nome Mané Paraguai viu-o debruçado no chão e levou até a sua casa.
A mãe estava toda apavorada. Até chamou o Dr. Carlos, médico e amigo da família. Ele disse que não tinha ferimento nenhum. O menino estava bem.
O compadre nunca mais preparou o cavalo. Nunca mais o menino andou a cavalo. Ia ao arrendamento juntamente com os outros. Na carreta do trator Fordinho. A sua função era de costurador de sacos, de batatinha ou amendoim, dependendo da safra.
Sob o sol causticante, após uma jornada árdua de trabalho, às vezes com calos nos dedos de tanto costurar a boca de sacos, deitava no chão e conversava com os seus amiguinhos.
- Amiguinhos, será que o meu futuro é ser costurador de sacos?
- Não, eles respondiam. Você vai ser o doutor da terra, vai estudar e dedicar a sua vida à terra.
O menino não tinha entendido como poderia chegar lá. Um dia na hora da boia fria, perguntou para o seu pai.  
- Como vou conseguir ser doutor da terra?
- Luiz, você pode ser agrônomo.
- Agro o que? Perguntou
- Quando você crescer você poderá fazer faculdade de agronomia e ser agrônomo.
Com menos de oito anos ele já tinha escolhido a profissão. Ia ser agrônomo. O melhor agrônomo do mundo.
A noite, com a cabeça sobre o travesseiro voltou a conversar com seus amiguinhos.
- Vou ser agrônomo. Doutor da terra como vocês me mostraram o caminho.
Com um pouco mais de 8 anos, sua avó levou-o para uma casa que o seu pai alugara na cidade. Foram em principio três irmãos. Isa, Mara e Luiz. Matricularam no mesmo grupo escolar que foi o começo de sua vida acadêmica. Se virar doutor da terra, o maior mérito foi da avó que cuidou dos três netos, e depois de mais dois irmãos de Luiz.


terça-feira, 17 de outubro de 2017


AGRONOMOYAMAMOTO: Perfil
A paz está ao alcance de todos. Apenas as pessoas que acreditam em Deus alcançarão a paz e a prosperidade. Se você quer ficar de bem com a vida afaste-se de crenças errôneas. Todos podem ficar no reino de Deus. Ele deseja que todos os seus filhos gozem de abundâncias infinitas. Quem não quer ver o seu filho numa boa?
A primeira lição: A paz e prosperidade estão circulando por aí abundantemente e com excesso divino. Não deixe a oportunidade passar por você como se o vento passasse. Agarre-a sem titubear. A oportunidade demora a passar de novo.
A lição mais importante na vida é perseguir obsessivamente aquilo que você quer atingir. Pense a todo instante: quero a paz e prosperidade. Se estiver à toa na vida, pense em como alcançar isso. Se você estiver com seus amigos não jogue conversa fora a todo momento. Procure conversar sobre assuntos úteis. Você corre o risco de ser chato, mas é preferível ser chato do que ser superficial.
Se estiver em viagem numa estrada sem muito movimento, converse com Deus como se Ele estivesse ao seu lado, entregue seus problemas a Ele e peça tudo aquilo que deseja. Você conseguirá. Tenha fé e fale com Deus como se Ele fosse seu amigo mais íntimo.
Muitos autores escreveram sobre o pensamento positivo e os resultados sensacionais alcançados. O Poder todo mundo tem, você também possui. Basta acreditar. Não basta somente o Poder do pensamento positivo. Você tem o dom excepcional que Deus lhe deu. Deu também a todos seus filhos os mesmos poderes. Deus não daria para um protelando outro filho Seu. Ambos os filhos têm o mesmo poder. Basta descobrir a sua vocação e exercer com toda fé. Experimente que dará certo.
O relato foi inspirado nos ensinamentos adquiridos como agrônomo.
Existem várias formas de vencer na vida. A maioria acha que trabalhando e poupando tostão por tostão um dia terá um milhão. Se você ganhar um salário mínimo e não gastar nada e poupar todo o dinheiro, no fim de cem anos você pode chegar lá se não morrer antes. À medida que vamos ganhando idade como se diz em japonês, cada vez mais precisará procurar alguma forma de empreender negócio dentro da sua especialidade.
O ser humano precisa pelo menos de duas coisas: Inspiração e Transpiração. Quando se é jovem tem energia de sobra para transpirar. Trabalhar usando a força física e transpirando bastante se consegue juntar um dinheirinho. À medida que a idade vem, cada vez precisará mais inspiração e menos transpiração. Por mais longevo que seja a idade boa para inverter a relação transpiração para inspiração seria em torno de quarenta anos, mas não tem nenhum impedimento recomeçar mais tarde. Um dos homens que alcançou o topo e foi considerado o homem mais rico do mundo começou a empreender novo negócio aos sessenta anos de vida. Aposentou como professor e ingressou no mercado imobiliário. Este cara pode ser você.
Uma coisa importante que aqui registro: não precisa roubar ou enganar os outros e nem se meter em corrupção. A vida é repleta de oportunidades. Procure e achará.

Publicarei a continuação deste relato constantemente.
 

sábado, 14 de outubro de 2017


FLORESTAS ESTACIONAIS SEMIDECIDUAIS: 
De clima variado. Na região tropical com período chuvoso e outro seco. A temperatura média é de 21ºC até abaixo de 15ºC. A alternância de período frio/seco e quente/úmido atinge os elementos arbóreos induzindo-os a repouso fisiológico. Parte das árvores perdem as folhas, daí o termo semidecidual.
O PRIMEIRO DESMATADOR


O desmatamento está, com o perdão do trocadilho, enraizado na alma do brasileiro. Pedro Álvares Cabral chegou ao litoral Sul da Bahia na terra de Vera Cruz, assim batizado, posteriormente Santa Cruz e finalmente Brasil.



A história conta ainda que quatro dias após o descobrimento, em 26 de abril de 1500, no banco de areia construído, foi rezada uma missa de Páscoa pelo Frei Henrique Coimbra. A história registra como sendo a Primeira Missa rezada em solo brasileiro.
Para a realização da primeira missa no Brasil, foi derrubada a primeira árvore da Mata Atlântica, que serviu para que dois carpinteiros da frota de Cabral construíssem, com os enormes troncos, uma cruz que foi fincada no chão de areia em Porto Seguro/BA.
O Pau Brasil, árvore que deu origem ao nome de nosso país, pertence à família das leguminosas, mesma da soja, tem como nome científico Caesalpinia echinata. Antes mesmo de portugueses aportarem no Brasil, os índios usavam esta árvore na produção de seus arcos e flechas. O extrato do cozimento da madeira é a brasileína – essência corante também utilizada para tingir tecidos e outros materiais.
Os portugueses maravilhados logo vislumbraram lucros e dividendos à sua Coroa. Assim começou a primeira atividade econômica em território recém-descoberto. Mais árvores da Mata Atlântica foram derrubadas.
De acordo com a escrita de Pero Vaz de Caminha, os índios eram mansos e pacíficos. Aprenderam com os novos senhores da terra a utilização de ferramentas como o machado e facão. Assim deu-se o início oficial de extração da vegetação nativa também pela mão de obra indígena. No começo da colonização a exploração era rudimentar. Hoje, com a tecnologia do motosserra a prática continuou. Tristemente pode se afirmar que resta menos de 7% da Floresta Atlântica. Convivemos até a atualidade com o desmatamento indiscriminado, colocando em perigo nossa biodiversidade e consequentemente a vida de todos.
A colonização efetiva do país, segundo os historiadores, deu-se em 1530 com a expedição de Martim Afonso de Souza. Ocorreu, com ele, o primeiro grande desmatamento. Foi fundada a cidade de São Vicente/SP onde introduziu o cultivo de cana de açúcar e a instalação de engenho de açúcar. Mais tarde a economia açucareira se concentrou no Nordeste, principalmente em Pernambuco, formada à custa de trabalho escravo e implantando a monocultura em áreas originalmente de Mata Atlântica.
A ordem era suprimir a vegetação nativa e substituí-la por canaviais e em seguida cultivar pastagens para criação de gado.
As áreas menos nobres, com terras menos férteis e relevo mais acentuado, eram destinadas à pecuária e as áreas melhores eram para cultivo de cana-de-açúcar e depois café. Assim a Mata Atlântica e a vegetação nativa começam a ser sacrificadas.
Trinta e quatro anos depois do descobrimento, em 1534, Portugal adotou o sistema de Capitanias Hereditárias. Dom João III, rei de Portugal, dividiu o Brasil em 15 faixas de terras de largura entre 180 a 600 km. Esses lotes foram distribuídos para 12 capitães-mores que receberam por doação uma imensidão de terras a serem cultivadas e doadas para os seus acostados. Estes se comprometeriam a explorá-las e povoá-las.
Derrubar a mata nativa era obrigação. Estava criada, na nova terra, a famosa função social. Derrubar a mata, cultivar a terra aberta e povoá-la era obrigação de quem a recebeu. Do contrário poderia perdê-la para terceiros ou ter que devolvê-la. Daí surgiu o termo “devoluto” – terra que deverá ser devolvida ao governo.

Em Portugal já existia uma Lei datada de 26 de junho de 1375, cento e vinte cinco anos antes do descobrimento do Brasil. A Lei obrigava à prática da lavoura e o semeio de terras pelos proprietários, arrendatários, foreiros entre outros. Estes teriam que lavrar todo ou parte, ou dariam as terras para quem as lavrassem e semeassem. Se deixassem exclusivamente para pastos, sem lavouras, perderiam esses gados em beneficio do comum.

A função social da terra prevista na Constituição Federal e no Estatuto da Terra, Lei nº 4.504 de 1964 e Lei nº 8.629 de 1993, tem o seu embrião na Lei portuguesa de 1375. A Coroa portuguesa criou diversos tipos de concessão de terras e uma delas foi o sistema conhecido como Sesmarias. Doação aos estrangeiros residentes no Brasil, para aumentar a lavoura e a população que era muito diminuta. A ordem era ocupar a terra para não perdê-la, ou integrar para não entregar. Mais ordens para desmatar!

A Resolução nº 76 de 17 de julho de 1822 pôs fim às Sesmarias. Antes disso, para garantir o domínio português na região Amazônica, foi criado em 1669 o Forte São José da Barra e em torno desse forte nasceu o arraial que deu origem à Manaus. Passados quase 300 anos o Governo Federal criou a Zona Franca de Manaus, para impulsionar o desenvolvimento econômico da Amazônia Ocidental e consolidar a posse da terra.

Todas essas medidas contribuíram para o aumento das derrubadas na Amazônia Legal, fatos notórios até hoje. As árvores nobres, derrubadas, viraram madeiras, o solo pastagens. Proliferaram as serrarias.
Governo Brasileiro, nesses últimos 15 anos, tem acelerado o processo de concessão, seja ele, rodoviário, ferroviário, portos, aeroportos etc. Compreendendo que a montagem de parcerias com o setor privado não somente é uma questão de desenvolvimento econômico, mas sob tudo de manutenção do bem público.
 Nessa visão, o Governo Brasileiro, no período do ano de 1988 a 2008, arrecadou milhões de hectares de florestas, definindo-as como Unidades de Conservação, sendo um dos mecanismos de políticas públicas contra o desmatamento.

Mas a pressão, antrópica e de outros setores, ao qual necessitam de terras para desenvolver suas atividades, não se intimidaram por essa política governamental e continuaram a efetuar o desmatamento. Com essa preocupação, o Governo Federal, efetuou inúmeros estudos, desenvolveu reflexões  cientificas e promoveu audiências públicas com os setores e populações locais de interesse, com o objetivo de promover um guardião para certas áreas de risco de suas Unidades de Conservação e, compreendeu que o setor Florestal Madeireiro é o único capaz de promover o equilíbrio da gestão sustentável das Florestas Públicas.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Ação Reivindicatória
O Estado de São Paulo, através do ITESP ingressou em diversas fazenda produtivas reivindicando as para assentamento de sem terras. Tiram terras de quem explora há mais de 20-40 anos para dar para os "movimentos sociais". Não quero me meter em processos judiciais que transitaram em julgado. Tenho a minha opinião a respeito. Se não cabe mais recursos judiciais vamos brigar pelo preço. O método de avaliação técnica obedecendo as Normas da ABNT pode dar um valor das benfeitorias muito maior que o valor de mercado da terra. CONSULTE-NOS.Atuo há mais de 30 anos como perito Judicial e emprego as mesmas técnicas e ajudar a resolver o problema sem causar prejuízo a ninguém, muito menos ao Governo

Fui nomeado perito judicial em Ação Pública Civil sendo o réu um clube de lazer à beira do Rio Paraná. Órgãos ambientais alegaram que o clube construiu nas APP e propunham demolir tudo. O perito tem que estar adstrito às questão ambientais, sem dolo ou malícia, e verificar se realmente o clube havia cometido crime ambiental. A luz da lei verifiquei que não havia cometido nenhuma irregularidade. O processo foi arquivado. Caso você tenha problema parecido procure-nos.
AVALIAÇÃO DE FAZENDA PARA QUALQUER FINALIDADE
Para que a avaliação surta efeito legal é preciso que se faça de conformidade com as NORMAS TÉCNICAS DA ABNT. Apenas profissionais habilitado pode fazer. As avaliações feitas por corretores são conhecidas como Expedita. Não tem valor legal. Serve apenas para dar ideia do valor do imóvel rural. Procure sempre o especialista.